Os próximos meses serão de planejamento e início da produção da safra 2021/22, e o preparo de solo adequado é a principal tomada de decisão para sucesso no campo. Esse preparo tem o objetivo de oferecer condições ideais para as culturas alcançarem o máximo potencial produtivo e resistir melhor às condições climáticas. A perspectiva da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que sejam produzidos 289,6 milhões de toneladas de grãos na próxima safra.
Segundo a Conab, mesmo com as dificuldades enfrentadas no campo, em razão das influências negativas do clima e também da pandemia de Covid-19, a expectativa é de um novo recorde na produção de soja (141,3 milhões de t) – mantendo o Brasil como o maior produtor e exportador da oleaginosa no mundo – e também recorde na produção de milho (115,9 milhões de t).
O levantamento estima também a recuperação de produtividade na casa dos 29% para o milho, após um ano marcado pela quebra em razão dos fatores climáticos. “O cenário para a próxima safra é promissor e as tomadas de decisões hoje no campo irão refletir diretamente no alcance desses números. Por isso, neste momento, o primeiro passo do produtor consciente é fazer a análise de solo e dar sequência ao preparo com o manejo adequado”, como orienta o mestre em agronomia da Tratto FMX, Saulo Brockes.
Como se preparar o solo?
O produtor rural pode se preparar por meio de práticas que o auxiliam na lavoura, com materiais e insumos que vão melhorar a sanidade e resistência das plantas, fertilidade do solo e proteção de plantas. Saulo, que é desenvolvedor de projetos na Tratto, explica que a maioria desses materiais é de origem nacional, como os remineralizadores e condicionadores de solos, fosfatos naturais e inoculação de microorganismos para bio-ativação da biologia do solo.
O especialista pontua que o manejo sustentável com essas matérias influenciam diretamente a produtividade e qualidade das culturas, além de reduzir o custo de produção por serem materiais de origem brasileira. “Além de melhorar a rentabilidade na produtividade, o preço pode ser agregado devido à melhora na qualidade dos grãos, como no caso do café”, explica ele.
O especialista lembra que uma análise da área a ser plantada deve ser feita antes de qualquer decisão. “Após as amostragens de solo bem feitas no campo, esse material deve ser enviado ao laboratório para quantificar os teores químicos e sua relação à necessidade da planta, para futuras recomendações de um especialista”, diz.
Momento ideal para o preparo
O produtor rural de Bela Vista de Goiás, Hélio Gomes, acredita que o preparo de solo é fundamental, pois ajuda a reduzir os erros e otimizar os resultados. Ele lembra que é necessário aplicar as dosagens adequadas para cada condição. “Dentre as opções, podemos citar a calagem, gessagem, rochagem, fosfatagem e remineralização”, conta o produtor rural que sempre faz o preparo de solo em áreas de abertura, nas áreas de segundo ano ou para corrigir alguma necessidade do solo.
O Hélio é adepto dos remineralizadores de solo e costuma usar o Fino de Micaxisto para suprir a necessidade de potássio, de acordo com as análises de solo. Outro benefício desse tipo do reminarealizador é não ter cloro, dessa maneira a tecnologia não causa uma esterilização da microbiologia do solo. “Sem dúvida, tudo isso se converte em mais produtividade no campo”, enfatiza ele.
Hélio destaca ainda que aqueles produtores que ainda não fazem o preparo de solo ou não se atentam para a importância do manejo, devem aproveitar a época do ano e começar a experiência em um pedaço da propriedade. “Acho válido o produtor escolher uma área e fazer o teste. Acredito que nada melhor do que vermos em nossa área o resultado de um manejo bem feito antes do plantio”, orienta ele.