Na pecuária, as pastagens são uma verdadeira riqueza. Por isso é importante preservá-las e investir em manejos para reformá-las quando necessário. Nesse artigo, falamos sobre as melhores práticas para realizar o correto manejo das pastagens e demos dicas de como aumentar a eficiência do pastejo dos animais. Boa leitura!
Importância do capim para a pecuária brasileira
No Brasil, tanto a pecuária de corte quanto a de leite se beneficiam das pastagens, tanto que o capim é responsável por 90% da alimentação dos animais no nosso país.
Além de ser uma fonte de alimento barata e acessível, o capim também possui alta qualidade nutricional, pois é rico em proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais, além de ser sustentável, se adaptando a diversos tipos de climas e solos contribuindo para a preservação do meio ambiente.
Principais erros no manejo do pasto
Existem alguns erros que acabam dificultando o manejo das pastagens no Brasil. Esses erros acabam destruindo as pastagens e, a melhor forma de prevenir tal impasse, é adotando boas rotinas de manejo e de manutenção do pasto.
Um dos principais erros do pecuarista é não dar a devida importância às pastagens. O pasto é um recurso extremamente valioso dentro da fazenda, negligenciá-lo é a certeza de prejuízos futuros
Outro ponto que causa prejuízos na pecuária é deixar o pasto degradado a ponto de tornar a recuperação cara e difícil, tornando a revitalização cara e com alta demanda de intervenção humana.
Além disso, alguns pecuaristas não manejam o pasto levando em consideração a altura de entrada e a de saída, perdendo nutrientes e desgastando o capim de forma considerável, colocando os animais em um pasto muito “rapado” ou muito alto, reduzindo a eficiência alimentar.
Não cobrir as sementes após jogá-las no solo também pode ser um fator prejudicial, pois a incidência do sol, chuva e outros fatores climáticos e externos podem prejudicar a germinação, resultando em um pasto falhado.
Por fim e não menos importante, muitos produtores ainda carregam consigo a ideia de que não é preciso investir em adubação de qualidade nas pastagens, esquecendo de levar em consideração a preservação da microbiota do solo e as necessidades nutricionais da planta.
Manejos necessários para a reforma das pastagens
O primeiro passo é escolher a área a ser reformada e a forrageira a ser implantada no local, levando em consideração o clima, o solo e a destinação (pecuária de corte, leite ou outras categorias animais).
Depois disso, é necessário realizar uma análise de solo, a fim de avaliar as necessidades nutricionais da área e a necessidade de realizar outros manejos, como a calagem e a gessagem. Não pule essa etapa, pois o futuro e o sucesso da atividade estão ligados a ela.
Depois de realizar as análises e o planejamento, chegou a hora de realizar a aração e a gradagem, visando revolver o solo e inverter as camadas do mesmo, bem como para descompactar a área de plantio.
Aplique os insumos necessários para corrigir e preparar o solo, como o gesso, o calcário e os fertilizantes aplicados via solo. O calcário e o gesso têm um objetivo em comum: neutralizar a presença de alumínio tóxico no solo. O calcário age nas camadas superficiais, até 30 cm de profundidade. Já o gesso age nas camadas mais profundas, melhorando a qualidade do solo de modo geral e ajudando as plantas a aprofundar suas raízes, buscando água e nutrientes nas camadas mais profundas do solo.
O uso do remineralizador neste momento ajuda muito o pecuarista, pois este insumo melhora ainda mais a qualidade do solo, ajudando na CTC, retenção de água e ainda a aumentar o teor de nutrientes do capim, beneficiando a saúde e a produtividade dos animais.
Com o solo devidamente preparado, chegou a hora do plantio. Escolha uma semente adaptada para a sua região e que tenha procedência garantida, assim você evita uma série de problemas no futuro.
Para realizar a semeadura, escolha uma época onde haverá um número satisfatório de chuvas, para o estabelecimento correto da forrageira escolhida. Para que a semente germine, é preciso que haja umidade no solo, portanto, não realize o procedimento sem chuvas ou irrigação.
Após a formação das pastagens, é importante adotar manejos que beneficiem o correto desenvolvimento do capim e realizar manutenções constantes, levando em consideração a altura de entrada e de saída do capim, a lotação adequada e a adubação periódica.
Como escolher a melhor semente para reformar a pastagem?
Escolher a semente ideal para reformar as pastagens pode ser desafiador para os produtores rurais. Além da ampla variedade disponível no mercado, as fraudes estão cada vez mais em alta. Por isso, a primeira dica é consultar a procedência das sementes. Para isso, exija o termo ou boletim de análise das sementes e verifique se ela é registrada no MAPA.
Além disso, é bom que o pecuarista tenha em mente que o preço nem sempre é o melhor critério de desempate. Antes de adquirir as sementes, observe:
- O grau de pureza do lote, que indica a presença de sementes de outras espécies, plantas daninhas e materiais inertes em geral (pedras, galhos, etc);
- A taxa de germinação (quantas sementes vão germinar, se submetidas às condições adequadas);
- A taxa de semeadura (quantidade de sementes por hectare);
- O valor cultural (proporção de sementes puras viáveis ou germináveis de um determinado lote);
- A resistência a pragas e doenças.
Por fim, e não menos importante, é indispensável que o pecuarista escolha uma cultivar adaptada para a região de plantio. Assim é possível formar a pastagem com o menor risco de perdas possível.
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✔️ Beneficia a microbiota do solo;
✔️ Não acidifica nem saliniza o solo;
✔️ Aumenta os níveis de nutrientes das pastagens;
✔️ Gado sadio e bem nutrido;
✔️ Aumenta a CTC do solo;
✔️ Disponibiliza os nutrientes de forma contínua e gradativa;
✔️ Fácil aplicação;
✔️ Torna as pastagens mais resistentes à estiagem;
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